Taxa de juros menor impõe desafios aos investimentos dos fundos de pensão

30/09/2019

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu, pela segunda vez seguida, a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa passou de 6% para 5,5% e alcançou uma nova mínima histórica, depois de ter alcançado 14,25% em 2016. Segundo analistas de mercado, em função do cenário econômico brasileiro (de baixa inflação com economia em recuperação lenta) e do ambiente internacional (com perspectivas de desaceleração da economia global), a tendência é que a taxa Selic sofra novas reduções nos próximos meses. O que isso significa?

Para você, como consumidor, é uma excelente notícia. A Selic é a taxa básica considerada por instituições financeiras, entre outras coisas, para o crédito. Uma queda da Selic significa um reflexo igual nas taxas de juros praticadas por essas instituições no cheque especial, no cartão de crédito e linhas de empréstimo e financiamento. Segundo dados divulgados pelo BC, em função do processo de redução da Selic nos últimos meses, a taxa de juros média do cheque especial caiu para 318,7% ao ano em julho. Os juros do rotativo do cartão de crédito baixaram para 300,3% ao ano, em média. Essa redução deve se intensificar.

Como participante de um plano de previdência complementar, entretanto, a situação passa a ser de expectativa. Como a redução da Selic reduz também a rentabilidade de certos investimentos, com reflexo direto sobre os recursos aplicados em renda fixa, por exemplo, isso significa que os fundos de pensão terão pela frente grandes desafios na busca de melhor rentabilidade para o patrimônio de seus planos de benefícios, que seja capaz de superar as suas metas atuariais e parâmetros de performance.

O caminho natural, percebido ao longo do último ano, é que as EFPCs procurem um nível de risco maior na alocação de seus recursos, na busca por melhores resultados. A Prevdata, atenta às mudanças do cenário econômico, já vem buscando maior diversificação e aplicações com maiores rentabilidades, e consequentemente maiores riscos, para parte de seus investimentos. Por exemplo, a alocação em renda variável era, em outubro de 2018, de 14,6% no Plano CV e de 7,2% no Plano PRV. Em junho de 2019, esses percentuais alcançaram 27,0% e 11,26%, respectivamente, o que, apesar de ser uma posição moderada de risco, já vem garantindo resultados acima da média das EFPCs e dos planos de previdência aberta. Isso, sem descuidar da segurança do patrimônio de seus participantes, sempre colocada em primeiro plano pela administração da Prevdata.