Uma breve história sobre a evolução do sistema e os reflexos na Prevdata.
No final dos anos 80, ao longo dos anos 90 e no início dos anos 2000, o sistema de previdência brasileiro passou por profundas transformações. Como consequência, todas as empresas públicas e sociedades de economia mista promoveram alterações em suas políticas de gestão de pessoas, inclusive em relação aos planos de previdência privada, que, até aquele momento, eram oferecidos exclusivamente na modalidade de Benefício Definido, ou seja, ao aderir, o empregado já sabia qual seria o nível de benefício que receberia quando se aposentasse.
Diante desse quadro, as estatais brasileiras passaram a oferecer planos na modalidade Contribuição Variável (CV) ou Contribuição Definida (CD). Vale dizer que, no Brasil, o regulador estruturou um modelo único em relação aos demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Temos um CV e um CD diferentes dos oferecidos pela comunidade internacional. A despeito das discussões técnicas, que ficarão para uma próxima oportunidade, o fato é que o resultado do movimento iniciado em 1988 fez com que, ao longo das duas décadas seguintes, as empresas públicas patrocinadoras de planos BD interrompessem os ingressos de novos participantes e, em outras situações, além de fecharem os planos a novos ingressos, também interrompessem as contribuições, cuja classificação passou a ser a de planos saldados, ou seja, os benefícios contratados seriam recebidos de forma proporcional.
Naquela época, não obstante os estímulos oferecidos pelo governo de plantão, o sistema contava com planos BD em equilíbrio e outros em situação de déficit, como era o caso do plano PRV. Naquele momento, o desenho estruturado para o equacionamento considerou um importante aporte financeiro da patrocinadora em relação ao serviço passado e a participação paritária no custeio do déficit remanescente. Ao mesmo tempo, foi criado um plano de Contribuição Variável, através do qual a opção pela forma de recebimento do benefício se daria no momento da aposentadoria. Naquela oportunidade, mais precisamente em 2009, o plano CV passou a ser oferecido aos novos empregados da Dataprev, bem como para os então participantes vinculados ao PRV (Plano Saldado).
Esse cenário trouxe muitas soluções para o sistema de previdência complementar e novos desafios para os planos fechados e saldados.
Isso porque desequilíbrios positivos e negativos fazem parte da dinâmica de funcionamento dos planos BD. A estrutura de um plano saldado desafia gestores, à medida que os estudos prospectivos deverão considerar a manutenção de um plano que, a partir de determinado momento, irá funcionar com as reservas constituídas, sem novos ingressos, levando-se em consideração as premissas do plano, tais como longevidade, data de aposentadoria, dentre outras, e as condições de mercado para performance dos investimentos. Não é uma agenda trivial.
É importante também lembrar que, no caso do PRV, mesmo após o saldamento em 2009, houve dois momentos de desequilíbrios (déficit), aferidos em 2014 e em 2021, quando foram, por força da lei, instituídas contribuições extraordinárias.
Por outro lado, também importa destacar que o PRV está estruturado em bases sólidas e, quando olhamos no longo prazo, há reservas para fazer frente às obrigações em relação aos compromissos assumidos com os participantes. Situações conjunturais são inerentes à natureza dos planos BD e fazem parte da trajetória dessa modalidade.
Diante disso, a administração da Prevdata, composta pelo Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, está trabalhando intensamente e de forma sinérgica para promover eventuais ajustes de rota, a fim de lidarmos com as oscilações ocorridas no mercado financeiro nos últimos anos, bem como em relação às alterações das premissas do plano, em decorrência do aumento da expectativa de vida dos empregados da Dataprev, dentre outras.
E, para que você tenha tranquilidade em relação ao presente e ao futuro do seu plano, demos início a uma nova dinâmica de relacionamento com todos os participantes, ativos e assistidos. Além do aprofundamento dos estudos técnicos e novas interações entre a Prevdata e os melhores especialistas do mercado, estamos estruturando uma série de materiais de comunicação para ficarmos mais conectados com você, como palestras, podcasts e vídeos
Ao longo de 2025, tanto a área de investimentos quanto a de seguridade oferecerão novos detalhes sobre a gestão dos dois planos, por meio de encontros virtuais e presenciais, para que sejam prestados todos os esclarecimentos necessários. Por meio dessas ações, esperamos promover mais conhecimento e tranquilidade para você e seus beneficiários acerca da sua previdência privada.
Vale dizer que, nos últimos 15 anos, os dois planos oferecidos pela Prevdata tiveram performance (rendimentos) superiores a todos os planos oferecidos pelos bancos e seguradoras (PGBL e VGBL) e isso será apresentado em detalhes ao longo dos ciclos de eventos promovidos pela área de comunicação.
Como já afirmei em outras oportunidades, os fundos de pensão continuam sendo a melhor alternativa quando se trata de previdência privada corporativa. As turbulências momentâneas fazem parte da jornada; entretanto, a sua Prevdata continua firme e forte, zelando para que você tenha um futuro digno e tranquilo!
Até o próximo encontro!