A gestão de fundos de pensão exige um olhar atento e esclarecido por parte dos participantes, especialmente quando se trata da interpretação de conceitos financeiros como “déficit” e “prejuízo”. Esses termos, frequentemente associados a uma visão negativa, podem gerar confusão e preocupações infundadas sobre a saúde financeira dos planos de previdência. No entanto, é essencial que os participantes compreendam o contexto técnico por trás desses números e a forma como eles são impactados por variáveis atuariais.
Na coluna Olhar do Presidente, publicada no site da Prevdata em fevereiro, Carlos De Paula, presidente da entidade, destacou a importância de os participantes entenderem os fundamentos do seu plano de previdência. Ele lembrou que, muitas vezes, o “déficit” ou “superávit” são eventos de desequilíbrio positivos ou negativos decorrentes de situações conjunturais ou eventuais alterações de premissas.
De Paula enfatizou que, para uma avaliação precisa, é fundamental conhecer o funcionamento do plano, as premissas atuariais envolvidas e as variáveis de longo prazo que impactam os resultados. O texto completo pode ser acessado aqui.
Em sintonia com essa visão, Devanir Silva, Diretor-Presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), em seu artigo publicado no Valor Econômico, esclarece as diferenças entre “déficit” e “prejuízo” nos fundos de pensão. Ele argumenta que um déficit não é necessariamente um reflexo de má administração, mas sim um ajuste técnico que pode ocorrer devido a fatores como mudanças nas projeções de longevidade ou variações nas taxas de rentabilidade. Para ele, é crucial que os participantes compreendam esses conceitos e não se deixem levar por interpretações precipitadas. O artigo completo de Devanir Silva pode ser acessado aqui.
Ambos os textos convergem para a ideia de que a interpretação dos números relacionados aos fundos de pensão deve ser feita com cautela e conhecimento. A educação financeira e a transparência são fundamentais para que os participantes possam ter consciência sobre o seu futuro previdenciário.